Como hackers estão lucrando com ataques através do Google Ads. 

Você provavelmente já ouviu falar no Google Ads. Trata-se do programa de publicidade on-line do Google que permite que as marcas criem anúncios online para alcançar os usuários no momento exato em que eles demonstram interesse em algum produto ou serviço. Uma campanha inteligente no Google Ads pode veicular anúncios automaticamente em pesquisas no Google, Google Maps, Gmail, YouTube e sites parceiros do Google. Os objetivos típicos para o uso desses anúncios são, por exemplo, aumentar o conhecimento do produto, promover uma marca, impulsionar vendas, gerar mais leads.  

E é claro que onde quer que haja dinheiro a ser ganho, há hacking. Não demorou muito para que os cibercriminosos fizessem do Google Ads uma tática para entregar suas cargas maliciosas a usuários desavisados. 

Para promover “anúncios iscas” que levam a sites de phishing e distribuem malwares, os agentes maliciosos criam contas legítimas onde possam veicular seus anúncios ou invadem contas de outros usuários do Google Ads e configuram campanhas fakes. A maneira como o Google exibe anúncios está sendo usada a favor dos meliantes digitais que fazem com que usuários baixem softwares maliciosos que darão a eles a oportunidade de obter informações sigilosas que podem ser transformadas em dinheiro na deep web.   

Não é difícil entender: quando você realiza qualquer pesquisa no Google, os resultados mais relevantes são exibidos na parte superior da página. É muito comum que os anúncios apareçam acima dos resultados da pesquisa. Nessa situação, você precisa rolar a página para baixo para encontrar o site real da empresa.  Uma vez que muitos usuários geralmente clicam no primeiro resultado após fazer uma pesquisa na web, enquanto o usuário pensa que clicou em um anúncio que o levará ao site oficial de uma empresa, ele é redirecionado para uma página de phishing projetada para se passar por sites oficiais, mas que na verdade distribuem versões maliciosas de software quando os usuários clicam no botão de download. 

Recentemente, os usuários que assistem a vídeos do YouTube puderam sentir seus computadores mais lentos. Há uma boa razão para isso: com o YouTube sob o domínio do Google, os anúncios que apareciam antes da exibição dos vídeos eram veiculados pelo Google Ads, mas o que os espectadores inocentes do YouTube testemunharam foi seus dispositivos sendo usados para mineração por estranhos. 

Sabemos que o Google é o mais importante mecanismo de pesquisa da atualidade e como tal, é muito ativo na busca por proteção de seus usuários.  A empresa verifica milhões de sites todos os dias em busca de spyware, vírus e outros tipos de malwares perigosos que possam colocar seus usuários em risco. Quando o Google detecta que o site de destino é malicioso, a campanha é bloqueada e os anúncios removidos. Mas, evidentemente, para contornar as verificações automatizadas do Google, os cibercriminosos levam as vítimas que clicam no anúncio para um site irrelevante e benigno, criado pelo agente da ameaça e, em seguida, redirecionam para um site malicioso. 

À medida que as empresas de segurança descobrem como evitar ataques de criptografia no Google Ads, esperamos que o número de ataques aos usuários seja reduzido a um nível mais gerenciável. Você também pode fazer sua parte, garantindo que seu antivírus esteja atualizado e instalando um bloqueador de anúncios em seu navegador. Outras precauções incluem, usar verificação em duas etapas, usar navegadores seguros e tentar melhorar a segurança em todas as plataformas do Google que usa.