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A CRISE GLOBAL DOS CHIPS 

Já mencionamos aqui no blog algumas vezes que o surto global de corona foi o gatilho e o acelerador do desenvolvimento tecnológico de muitas áreas. Contudo, esse mesmo desenvolvimento experimentado com entusiasmo no início da pandemia, agora ocorre de forma dramática. Isto porque a pandemia inicialmente trouxe consigo uma queda nos pedidos e redução das capacidades de produção em vários setores e agora está enfrentando uma demanda internacional crescente. Demanda que está muito acima do que os fornecedores de matéria prima podem suprir, sendo assim, os planos de produção de muitos setores estão em risco. 

No processo produtivo das indústrias, a falta de semicondutores tem sido o maior vilão. A escassez dessa matéria prima está jogando a economia global em turbulência: os preços dos itens eletrônicos estão atingindo proporções que dificilmente alguém poderia ter previsto alguns anos atrás, e indústrias inteiras estão sendo forçadas a interromper a produção porque faltam os chips necessários. 
Nos acostumamos, por exemplo, a ver nos noticiários como a indústria automobilística tem lutado com a escassez de chips há alguns meses. Várias grandes fábricas tiveram que fechar nesse meio tempo.  

De fato, os efeitos da escassez de chips são impressionantes. Segundo especialistas, eles são os principais responsáveis pela lenta recuperação da economia global. Em 2021, por exemplo, assistimos à montadora norte-americana Ford interromper sua produção nas fábricas de várias cidades do Brasil porque não havia mais chips semicondutores. E outras montadoras, como a japonesa Toyota já anunciaram restrições de produção devido aos gargalos no fornecimento de semicondutores e a possível paralisação permanente das atividades. 

A contínua escassez de chips desacelerou a produção de automóveis e comprometeu os planos de produção e vendas de carros. Porque hoje nenhum carro se moveria sem semicondutores, desde o acionamento até os sistemas de assistência, eles são necessários em todos os lugares. 

Como resultado da escassez de materiais, os carros estão se tornando mais caros – independentemente de serem novos ou usados. E claro, que como menos carros são produzidos e chegam ao mercado, os aumentos de preços foram sentidos no mercado de duas maneiras: no aumento significativo dos valores de carros novos e usados e também porque há menos descontos.  

Mas, devemos lembrar que para a indústria de semicondutores, no entanto, a indústria automotiva é apenas um cliente bastante pequeno em comparação com a indústria de TI ou eletrônicos de consumo, que são os principais clientes desse insumo. Consumidores e empresas estão sentindo os efeitos: novos dispositivos são mais caros e os problemas de entrega estão causando incertezas.  

A escassez de chips está, por exemplo, desacelerando o boom global da Internet das Coisas. Os investimentos em aplicativos de IoT estão crescendo fortemente, mas não na proporção que se poderia esperar de uma tecnologia com potencial disruptivo. A disponibilidade de roteadores WLAN também já está sendo afetada por essa escassez. Devido ao aumento da demanda, novos roteadores WLAN podem em breve se tornar menos disponíveis e, como resultado, mais caros. Fabricantes de smartphones, computadores e dispositivos médicos também já estão sentindo os efeitos dessa falta de semicondutores no mercado fornecedor. 

A Gartner antecipa que a escassez de semicondutores pode durar mais um ano. Mesmo em 2022, a crise dos semicondutores ainda é um problema onipresente em muitas indústrias. E, portanto, não há previsão de superação da escassez de chips para os próximos meses. Porque mesmo que grandes fabricantes como a Intel estejam aumentando suas capacidades de produção, esses investimentos multimilionários levam tempo: a expansão de uma fábrica existente ou mesmo a construção de uma fábrica tão complexa pode levar vários anos.  

Nesta perspectiva, serão necessários pelo menos dois anos para expandir as instalações de produção de semicondutores e cinco anos para construir novas. Portanto, não se espera uma recuperação de curto prazo no fornecimento de semicondutores. O retorno ao normal não é esperado até o segundo trimestre de 2022 e para especialistas mais céticos, há uma previsão de escassez de chips até pelo menos 2024. 

 

Referências:  

https://www.tecmundo.com.br/o-que-e/23660-o-que-sao-wafers-.htm 

https://olhardigital.com.br/2022/08/19/pro/samsung-inaugura-novo-centro-de-pesquisa-de-chips-empresa-deve-investir-us15-bilhoes-ate-2028/ 

https://olhardigital.com.br/tag/semicondutores/  

https://inforchannel.com.br/2021/05/13/gartner-afirma-que-a-escassez-global-de-chips-devera-continuar-ate-o-segundo-trimestre-de-2022/ 

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