SOFTWARE PIRATA: Quais os riscos para sua empresa? 

O uso de aplicações não licenciadas é um típico exemplo do barato que sai caro. Muito mais do que valores econômicos, o custo pode vir em forma de litígios judiciais, baixa produtividade e riscos de segurança. 

A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) que é a principal entidade de defesa e promoção do uso de software legal no Brasil, considera que no país, o uso de aplicações que não estão devidamente licenciadas chega a quase 50%. A prática não é um obstáculo apenas para o fluxo de receita das empresas desenvolvedoras, o prejuízo é generalizado. Em 2014 a ABES estimou que os Brasileiros gastariam US$ 700 milhões para resolver problemas com infecções por softwares piratas. 

Que softwares pirateados são uma porta de entrada para instalar malwares em computadores você já deve saber. Quando você obtém softwares não licenciados você tem uma chance em duas de baixar junto com ele complementos indesejados. Os arquivos piratas são um campo minado e quase sempre contém arquivos maliciosos que podem infectar um dispositivo e se espalhar para toda a rede quando o download for concluído ou quando a pasta que contém o software pirata é aberta. Mas existem ainda outras consequências com as quais você deve se preocupar se estiver executando cópias não licenciadas de softwares em sua empresa.  

Vamos começar falando das sanções legais. A lei de direitos autorais protege a propriedade intelectual de softwares e aplicativos, isso significa que os criadores originais dos produtos e qualquer pessoa a quem eles derem autorização são os únicos com o direito exclusivo de reproduzi-los. E com a mesma facilidade com que é possível encontrar um portfólio gigantesco de softwares pirateados na internet, a detecção da pirataria também pode ser rastreada. As próprias empresas desenvolvedoras de softwares conseguem monitorar versões falsificadas de seus produtos. Nesse caso, se você não possui a licença que permite o uso e aproveitamento de programas computacionais de forma legal, é grande a possibilidade de você receber a visita de um advogado e pelo descumprimento de obrigações legais ser obrigado a pagar multas milionárias pela prática que é CRIME. 

Outra consequência nada desejável da utilização de versões não autorizadas de programas de computador é a falta de suporte. Se o software é licenciado, ele oferece um padrão de funcionamento desejado que lhe garante suporte técnico, atualizações, correções periódicas lançadas pelo desenvolvedor para corrigir bugs e outras falhas além de patches de segurança importantes, o que não costuma acontecer em versões não legalizadas. Se a aplicação é uma versão crackeada certamente vai apresentar instabilidades e baixo desempenho em algum momento e quando isso acontecer “encosta tua cabecinha no meu ombro e chora” porque não há muito o que se possa fazer.  

É comum que a equipe de TI enfrente o dilema de conveniência versus segurança quando o CIO da empresa se recusa a fazer um orçamento de licenças de softwares. Muitos deles tendem a cair num problema comum que é comprar algumas cópias legítimas, mas fechar os olhos para instalações ilegais em novos dispositivos. Ou, em outros casos, eles nem sabem que isso está sendo feito porque são seus funcionários que estão executando esses programas sem o conhecimento da empresa. 

Se você é da turma dos que sabem e fecham os olhos, nos permita um conselho: NÃO ARRISQUE. Fuja de versões crackeadas de softwares. Se a economia é um incentivo para a compra de software pirata saiba que eles são uma festa para a qual os hackers do mundo inteiro são convidados. Nada vem de graça, e o preço que precisa ser pago por uma aplicação ilegal certamente será bem caro. Você pode acumular perda de dinheiro, privacidade e tranquilidade tudo em um pacote só. 

Se por outro lado você é da turma dos que não sabem o que os funcionários andam instalando nas suas estações de trabalho uma dica é: impeça que os funcionários instalem softwares em computadores sem direitos de administrador e se ainda estiver em dúvida, realize auditorias regulares para ver exatamente quem está executando o quê e se eles estão licenciados para fazê-lo. Isso inclui rastrear todos os downloads de software realizados no perímetro de rede da empresa e manter registradas todas as licenças de softwares legalmente compradas. Por último, mas não menos importante, eduque sua equipe sobre os perigos da pirataria de software e suas implicações legais. 

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